terça-feira, 21 de abril de 2009

colchão

deito-me com os olhos abertos: impossíveis de fechar. deito-me, à minha espera. o sono parece não querer vir, não querer dizer nada à minha vontade de dormir: impossível de chegar. tendo à repetição de gestos muito antigos, como todos os outros homens: porque haverá isso de me desgostar tanto? encaixo-me, apenas, na pequena fenda que se abre no meu colchão, onde acabaram todos aqueles que vieram antes de mim.