terça-feira, 12 de maio de 2009

tristeza III

viveu durante muitos anos à espera de um pai. nesse tempo, foi desistindo de esperar o herói, o amigo, o companheiro, queria apenas um pai. alguém que pudesse ocupar aquele espaço que tinha ficado vazio no imaginário da infância. até que um dia, um homem bateu à sua porta. ele não o reconheceu. a maior parte das vezes, somos mesmo assim: temos muita dificuldade em reconhecer os nossos buracos.