quinta-feira, 17 de setembro de 2009

distância

hoje recebi um presente e eu gosto de receber presentes. veio pelo correio dentro de um envelope, coberto por um plástico. veio do brasil e tem na capa uma imagem de um comboio. por dentro, entre fotografias, poemas. poemas a sério, daqueles que não acontecem todos os dias. abri-o na página que vinha marcada, a trinta e três. "e muda o trem em metáfora quando,/ do menino, o menino desentende;/ pode-se dizer prolifera em ângulos,/ qual rascunho de autor indestro ou doente/ por não saber as curvas de aplacá-lo,/ nem as retas onde o corpo demora,/ até atravessar, sem cancela ou calos,/ a distância que, em outros, o desdobra."(fernando fábio fiorese furtado)